terça-feira, dezembro 19, 2006

Duas lágrimas de orvalho

Duas lágrimas de orvalho caíram nas minhas mãos quando te afaguei o rosto.
Pobre de mim, pouco valho para te acudir na desgraça, para te valer no desgosto

Por que choras, não me dizes. Não é preciso dizê-lo. Não dizes. Eu adivinho.
Os amantes infelizes deveriam ter coragem para mudar de caminho.

Por amor damos alma, damos corpo, damos tudo até cansarmos na jornada.
Mas qd a vida se acaba o que era amor é saudade e a vida já não é nada

Se estás a tempo, recua, amortece o coração, mata o passado e sorri.
Mas se não estás, continua, disse-me isto minha mãe ao ver-me chorar por ti.

D.R.

2 comentários:

Pedro Cruz Gomes disse...

Deixa todos aqueles fados de pé quebrado de paixões de faca e alguidar a quilómetros, não é?

Meow disse...

Até me arrepio quando leio este poema!